segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Tarte "tatin" de marmelo

Pois é, parece que ainda é muito cedo para os marmelos,  mas como "a cavalo dado não se olha o dente", e como estes me foram oferecidos por alguém que teve mesmo que os apanhar antes do tempo*, é claro que tinha de arranjar maneira de os aproveitar.
Encontrei excelentes sugestões para utilizar marmelos no blog Cinco Quartos de Laranja. Desta vez fiquei-me por uma das mais simples, mas tenciono fazer mais umas quantas, que me cativaram bastante. Agora é esperar que os marmelos amadureçam...

Tive uns problemazitos com o tempo de cozedura, mas nada impeditivo de saborear alegremente a tarte, que é realmente muito boa!



Ingredientes: 
4 marmelos (600g)
50g de margarina
180g de açúcar
1 folha de massa folhada 
sumo de 1/2 limão
água q.b.
nozes picadas




Texto transcrito literalmente do blog Cinco Quartos de Laranja
1. Lavar muito bem os marmelos. Cortá-los em quatro, retirar as cascas e os caroços. Regar com sumo de limão para não oxidar.
2. Levar a margarina a derreter numa forma com 24 a 26 cm de diâmetro e 3 a 4 cm de altura. Introduzir os marmelos cortados em meias luas e polvilhar com o açúcar e um pouco de água. Deixar cozinhar os marmelos até estarem caramelizados e macios, mas sem se desfazerem.
3. Ligar o forno a 225ºC.

4. Retirar os marmelos do lume. Desenrolar a massa folhada sobre os marmelos. Picar a massa com a ponta de uma faca afiada e levar ao forno durante cerca de 25 minutos.

5. Desenformar logo que sair do forno. Polvilhar com nozes picadas a gosto.





NOTA IMPORTANTE:
Na fase 2, deixei ficar ao lume tempo demais, e alguns pedaços de marmelo já estavam a ficar demasiado morenos. :) Convém manter o lume baixo e retirar assim que os marmelos estiverem macios, sem deixar caramelizar demais (que foi o que me aconteceu).




* A D. Rosa, vizinha da minha mãe, veio do Algarve para Lisboa. Como ainda não sabe quando vai lá voltar,  apanhou os marmelos, mesmo ainda meio verdes, antes que lá chegasse e já não encontrasse nenhum...

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Panquecas de batata




E a cara do Rato Mickey é... 

... uma panqueca de batata!  


 Ingredientes: 
 700g de batatas
2 ovos
1 lata de atum (120g)
1 raminho de salsa
azeite q.b.
açafrão, sal e pimenta q.b.


Preparação: 
Escorre-se o atum e desfia-se, com a ajuda de um  garfo.  Batem-se os ovos.
Descascam-se as batatas, ralam-se e misturam-se com os ovos, o atum, a salsa picada, uma colherzinha de açafrão, sal e  pimenta.


 Numa frigideira pequena, aquece-se um fio de azeite e verte-se um pouco do preparado de batata (cerca de 2 colheres de sopa). Espalha-se pela frigideira, deixa-se fritar de um lado e vira-se. 
Depois de frita, colocar sobre papel absorvente para retirar o excesso de gordura. 
Repetir o procedimento, pondo sempre um fio de azeite antes da nova camada de massa.



 Acompanhou com a torta de nabiças cuja receita se encontra no post anterior.

Gostei muito. Aliás, adorei, tanto que já repeti a experiência. Da segunda vez adicionei um pouco de queijo ralado (tão bom...). Apesar de ser um frito, acaba por ter uma quantidade de gordura bastante reduzida, cada panqueca apenas precisa de um fiozinho de azeite para fritar, e alguma dessa gordura ainda é absorvida pelo papel. Nada de grave, portanto. :)


Fonte:  Batatas, da colecção Minilivros

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Torta de Nabiças (actualizado)


Actualização: pois é, estive eu preocupada com a "tradução" de torta para "rocambole", e afinal no Brasil também não conhecem as nabiças? :))
Ou será que têm outro nome? 

nabiças (ver link)
 Ora bem, as nabiças são a rama do nabo. Segundo a minha mãe, são a rama do nabo antes do nabo... confuso? ao que julgo ter entendido, são as ramas jovens, antes de o nabo se formar, porque a rama do nabo crescido é uma rama diferente, mais grossa e mais escura. Caso haja alguém que perceba mais de agricultura do que eu (o que não é difícil... ) é favor prestar algum esclarecimento, caso este não esteja totalmente correcto. Obrigada. :)


*****
 Postagem original:
Ou, em Português do Brasil, rocambole. A língua portuguesa é linda. :) 
Porquê rocambole? 


Segundo as enciclopédias, Rocambole é uma personagem criada por um escritor francês do séc. XIX, Pierre Ponson du Terrail. Como é que passou daí até a um alimento enrolado, deve ser uma longa história...

E porquê torta?

Vá-se lá saber... eu por acaso até estava com medo que esta ficasse torta mesmo a sério, mas felizmente até ficou bem direitinha. E deliciosa, por sinal!



Ingredientes:
1 molho de nabiças
4 ovos
0,7dl de natas (leves)
2 cebolas
2 dentes de alho
0,5dl de azeite
80g de queijo mozzarella ralado
água
sal
pimenta
manteiga para untar


Preparação:
Começar por arranjar as nabiças e cozê-las em água temperada com sal. Depois de cozidas, escorrem-se muito bem, deixam-se arrefecer e picam-se (com uma faca, não na picadora). Separam-se as gemas das claras e batem-se estas em castelo.
Numa tigela, juntar as nabiças, as gemas, as natas, sal e pimenta. Mistura-se tudo e acrescentam-se as claras, envolvendo cuidadosamente.

Forra-se um tabuleiro com papel vegetal, untando-o com manteiga. Verte-se o preparado anterior e vai ao forno cerca de 20 minutos, a 190º.
Enquanto isso, cortam-se as cebolas em meias-luas, laminam-se os alhos e refogam-se ambos no azeite. Depois de alguns minutos a corar, adiciona-se o queijo e envolve-se bem (em lume brando).



Retira-se do forno e deixa-se arrefecer uns 10 minutos. Retira-se do tabuleiro junto com o papel vegetal, e experimenta-se se já descola facilmente do papel. Talvez seja preciso ter a ajuda de uma faca ou outro utensílio para descolar num ou noutro pedacinho. (Eu pensei que ia ser mais difícil, mas até acabou por descolar facilmente.)
Coloca-se o recheio de queijo e cebola sobre a massa de nabiças, espalha-se bem e começa-se a enrolar, com a ajuda do próprio papel vegetal. Vai-se "descolando" e enrolando.
E pronto, está pronta a comer. Enquanto está morna é deliciosa. Até parece que se está a comer um doce. :)

Também experimentei fria, mas na refeição seguinte acabei por aquecer as fatias, acho que fica mais saborosa morninha.

Obs.: teria ficado "no ponto" se tivesse deixado alourar mais um pouco a cebola. Como tenciono repetir, da próxima o recheio ficará menos pálido. :)

A fonte é o livrinho do costume. :)

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Conserva de pimentos em azeite

E pensar que há um ano atrás eu não gostava de pimentos! :)
Pois é, mas depois fui começando a comer, um bocadinho aqui, outro ali, e pronto, agora já gosto. De tal maneira que decidi conservá-los, para durarem mais tempo. :)
Por falar em gostos, lembrei-me de uma pessoa que eu conheço, que sempre disse que odiava passas, mas agora já põe a hipótese de um dia destes comer passas à colherada... :))
É isso mesmo, os gostos vão mudando com a idade, ou melhor, penso que o que se passa é que vamos perdendo as esquisitices...


Ingredientes: 
3 pimentos 
(1 vermelho, 1 verde, 1 cor-de-laranja)
4 dentes de alho
1 colher (chá) de pimenta verde em grão
1 colher (chá) rasa de pimenta preta em pó
5 cravinhos-da-Índia
azeite

Preparação: 

Assam-se os pimentos. De seguida pelam-se e retiram-se as sementes. 
Secam-se bem e colocam-se no frasco. 

Acrescenta-se os dentes de alho, levemente esborrachados, as pimentas e os cravinhos.

Cobre-se com azeite, tapa-se e conserva-se em local fresco. Eu guardei no frigorífico, porque o frasco não fecha hermeticamente.

Notas: 
1. Pode usar-se qualquer outro tipo de pimenta, ou especiarias a gosto.
2. O livrinho de onde tirei a receita (Legumes, da colecção Minilivros) tem sugestões muito interessantes, mas é preciso estar atento. :) Por exemplo, nesta receita, apesar de na preparação estar a indicação para assar os pimentos, se olharmos bem para a foto, vemos claramente que dentro do frasco estão tiras de pimento cru. Noutras receitas também já notei discrepâncias entre o texto e a foto, mas no essencial gosto bastante do livrinho, tem sugestões muito boas.  É só estar de olhos bem abertos.


quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Massa espiral com molho de tomate, cogumelos e ervilhas


Terminado o Agosto mais chocho de que há memória (chocho pelo factor meteorologia e por outros factores...), resta o consolo de ter em casa produtos trazidos directamente do campo, do mais biológico ou orgânico que se possa imaginar...
O tomate usado neste molho é maravilhoso, muito carnudo e saboroso, totalmente diferente do tomate "normalizado" dos supermercados.



Ingredientes:
massa espiral
molho de tomate caseiro
ervilhas
cogumelos
queijo ralado
sementes de sésamo

Molho de tomate: azeite, alho, cebola, tomate, sal, pimenta e orégãos


Molho de tomate: azeite, 1 dente de alho picado e uma cebola picada, a refogar. Escaldar o tomate que se pretende usar, pelá-lo e passar pelo passe-vite. Acrescentar o tomate ao refogado, temperar com sal, pimenta e orégãos, e deixar apurar.

Acrescentei a este molho cogumelos e ervilhas cozidas. No final, cerca de uma colher (sopa) de queijo ralado e outra de sementes de sésamo. Mexer até o queijo derreter, e está pronto.


É só cozer a massa e regá-la com este molho. Uma delícia! :)