domingo, 31 de outubro de 2010

Bolo de Maçã

Vi esta maravilha no Tertúlia de Sabores, da Moira. Ela garantiu que era delicioso, eu acreditei, experimentei e confirmei! É mesmo muito bom.


Fiz umas pequenas alterações, mais a nível das quantidades de açúcar, e não usei maçãs reinetas, apenas porque não tinha, e até tive pena, porque sei que ficam óptimas em doces.


Com esta receita participo no Alquimia de Ingredientes, já que esta semana um dos ingredientes a usar é a maçã, alimento super saudável por excelência (an apple a day keeps the doctor away...)


Ingredientes:

5 maçãs starking
1 colher (sobremesa) de canela
3 colheres (sopa) de açúcar amarelo
3 chávenas (mal cheias) de farinha peneirada
1 colher (sobremesa) de fermento em pó
1 colher (café) de sal
1/2 chávena de óleo (usei de girassol)
2 chávenas de açúcar amarelo
1/2 chávena de sumo de laranja
4 ovos

Preparação:
Descascam-se as maçãs, cortam-se em pedaços e misturam-se com 3 colheres (sopa) de açúcar amarelo e 1 colher (sobremesa) de canela. Reserva-se.

Liga-se o forno nos 180º (no meu caso, um pouco mais de médio).

Mistura-se a farinha peneirada com o fermento e o sal.

Noutra taça, mistura-se o óleo com o açúcar e o sumo de laranja.

Adiciona-se esta mistura líquida à mistura da farinha e vão-se juntando os ovos um a um, adicionando o seguinte apenas quando o anterior estiver completamente dissolvido.

Unta-se e polvilha-se uma forma de buraco (não tinha grande, usei a que se vê). Deita-se dentro uma parte da massa, põe-se uma parte de maçãs por cima, deita-se a restante massa e as restantes maçãs por cima (e o molhinho que entretanto se criou).

Depois de 45 minutos no forno, verificar a cozedura. Este demorou quase 55m. Aos 45m já estava douradinho por cima, mas não completamente cozido.

Na lista de ingredientes estão as quantidades que usei. Não usei baunilha nem açúcar baunilhado; não sei se esse pormenor afecta muito o sabor final, só sei que assim ficou delicioso! É de facto um bolo especial, disso não restam dúvidas.

Bom apetite!

sábado, 16 de outubro de 2010

Puré de abóbora gratinado



Sendo hoje o Dia Mundial do Pão, gostaria bastante de estar a publicar um, pois é a ocasião apropriada para prestar homenagem a esse que é (ou deveria ser) um alimento básico de qualquer alimentação, mas que infelizmente, neste mundo injusto e hipócrita em que vivemos, não chega a todas as mãos.
Tenho prometido a mim própria várias vezes meter a mão na massa para fazer pão, mas ainda não chegou o dia. Há-de ser um dia deste Inverno, espero eu. :)
Sendo assim, e à falta de pão de produção caseira, deixo aqui a minha homenagem a esse alimento que eu não dispenso diariamente, mas vou passar a vez a outro alimento: a estrela por aqui hoje é a Abóbora!
Desde a horta...
até ao prato.
Passando pelo Alquimia de Ingredientes da Ana Kaddja, que agora é www! :)


Ingredientes:

400g de abóbora
1 batata grande
1 cebola
2 talos de aipo
1 colher (sopa) de manteiga
100g de queijo ralado
pão ralado
sal, pimenta e noz moscada

Preparação:
Arranjam-se os legumes, cortam-se em pedaços e cozem-se em água temperada com sal (não é preciso deixar cozer muito).
Assim que estiverem cozidos, escorrem-se e reduzem-se a puré. Junta-se a manteiga e metade do queijo.
Tempera-se com pimenta e noz-moscada e mistura-se bem.
Coloca-se o puré num recipiente untado e polvilha-se com pão ralado e a segunda metade do queijo (usei emmental, mas não ficou bem como eu gosto, que é mais derretidinho...).
Vai a forno bem quente até gratinar.

Fica muito bom com um franguinho assado, mas também é suficiente por si só como uma refeição, depende dos gostos e das dietas...


Nota: em relação ao aipo, quem conhece sabe que tem um sabor bastante forte, bom mas muito intenso, por isso convém não abusar na quantidade, caso contrário vai anular todos os outros sabores.
Já agora, se alguém souber de alguma boa utilização para as folhas, agradeço umas dicas. :)

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Sopa de Aipo e Abóbora com Arroz



Até que enfim que saiu uma sopinha!

Quem olhar para o arquivo deste blog vai pensar que cá em casa não se consomem sopas, mas - felizmente! - isso não é verdade. Comemos, e bastantes. E precisamente por ser daquelas comidinhas que fazem parte do quotidiano, nem sempre nos lembramos delas para terem os seus 5 minutos de fama... o que é uma injustiça. As sopas, pelo bem que fazem à saúde, deviam até estar em lugar de destaque.

E então, posto isto, foi devido ao incentivo da Manuela com o

que esta sopa três AAA (abóbora, aipo e arroz) veio aqui parar.


Ingredientes:
3 batatas médias
1 cebola média
3 dentes de alho
2 cenouras
aprox. 100g de abóbora
3 talos de aipo
1 chávena (café) de arroz
sal, azeite e uma pitadinha de pimenta

Dos ingredientes referidos acima, vão a cozer em água temperada com sal e um fio de azeite: as batatas, a cebola, o alho, 1 cenoura, a abóbora e parte mais grossa do aipo.

A outra cenoura e a parte mais fina dos talos cortam-se em pedaços mais pequenos e reservam-se.

Quando estiver tudo bem cozido, passa-se com a varinha. Acrescenta-se então a cenoura, os talos cortados fininhos, o arroz, mais um fio de azeite e uma pitadinha de pimenta.

Obs.: o aipo demora um bom bocado a cozer, se preferir pode colocá-lo primeiro a ferver, e só depois o arroz e a cenoura. Eu coloquei tudo ao mesmo tempo, mas o aipo levou uns bons 20 minutos a ficar macio.

Fica uma sopa bem cremosa, e muito saborosa.


Aproveito para fazer um bocadinho de publicidade (voluntária e gratuita) a um produto da região onde moro, o Ribatejo.

O único arroz em Portugal comercializado pelos próprios agricultores. Segundo os produtores, sem químicos nocivos à saúde.
É muito bom, é um sucesso! :)
P.S.: evolução da minha relação com o PICASA: a 1ª foto não amplia, as outras ampliam, isto está a melhorar...

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Salada de Outono

Pronto, eu hoje vou-me redimir das sobremesas calóricas que ultimamente têm aparecido por aqui...

E ainda trago, como extra, bons conselhos: já ouviram falar dos MUFA? ou dos AGMI?
Os AGMI são os ácidos gordos monoinsaturados, em inglês MUFA (monounsaturated fatty acid).

Então a história é a seguinte: no meu aniversário, ofereceram-me um livro muito útil, com um título muito sugestivo (um livro de capa amarela que se vê a léguas, quem conhecer que diga alguma coisa). Não vou agora dizer o título, fico à espera que alguém com o mesmo problema que eu se pronuncie... :))

Ora então esse livro, que é basicamente sobre alimentação saudável, refere entre outras coisas a grande vantagem da ingestão dos tais alimentos ricos em MUFAs (a palavra é gira, e pronunciável, ao contrário de AGMI, portanto vou usá-la).

E esses alimentos ricos em MUFAs são: os óleos (aqui incluído o azeite), as azeitonas, os frutos secos e sementes, o abacate e... o chocolate preto! Isso mesmo, alguns dos alimentos por muitos julgados proibidos em certas dietas, segundo as autoras deste livro, não só podem como devem ser consumidos bastante regularmente (com moderação, obviamente).

Se quiser saber mais sobre os MUFA e tiver paciência, aqui fica:

"Os ácidos gordos são, basicamente, os blocos de construção de todas as gorduras alimentares e (...) são compostos por átomos de carbono, oxigénio e hidrogénio alinhados especificamente para formarem uma cadeia. O termo "saturado" é utilizado quando todos os átomos de carbono da cadeia estão ligados a átomos de hidrogénio. Isto torna-os sólidos ou cerosos à temperatura ambiente; no seu corpo, eles são pegajosos e rígidos. Uma gordura "insaturada" não é tão solidamente construída, sendo portanto mais flexível - esta flexibilidade constitui a razão pela qual as gorduras insaturadas são "boas" e as gorduras saturadas são "más". Pense nas gorduras saturadas como paus e nas insaturadas como cordas."

E o que é que esta conversa toda tem a ver com a saladinha? Pois tem muita coisa, já que foram empregues duas mufinhas muito saudáveis: o azeite e as nozes. E os outros ingredientes todos, talvez à excepção do atum, também não têm nada que se lhes aponte...



Ingredientes:

2 queijos frescos

tomate, atum e grão cozido a gosto

2 ovos cozidos

1 mão de nozes

azeite, pimenta e coentros picados



E pronto, não tem nada que saber. É só dispor os ingredientes a gosto, temperar e sentar-se a comer.

Bom apetite!

P.S. - O Picasa (programa que uso para as fotos) está-me a trair: as fotos agora quase nunca ampliam quando se clica nelas, no caso deste post só a última é que abre. Não sei porquê, usei o mesmo procedimento em todas. :(

MARY, HELP ME! :)

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Bolo de banana com leite de côco


Ai, este blog anda tão abandonadinho... não é que eu não ande a comer, muito pelo contrário... as boas intenções de dieta estão um bocadinho em baixo... e os apetites por doces estão totalmente em alta!

A prová-lo, está este pedaço de bolo de banana com leite de côco, um atentado a qualquer dieta.

Este bolo está no Top dos bolos mais fáceis, rápidos (de fazer e de comer) e saborosos que conheço :)


Ingredientes:
(para um bolo pequeno, em forma rectangular de silicone)

1 chávena (chá) de açúcar amarelo (mal cheia)
3 ovos
1 chávena de farinha de trigo com fermento (bem cheia, a fazer pirâmide)
1/2 chávena de leite de côco
2 colheres (sopa) de óleo de girassol

para forrar a forma:
caramelo líquido
2 bananas

Preparação:

Colocam-se todos os ingredientes no liquidificador. Ligar na velocidade 1 e deixar misturar bem.

Tapa-se o fundo da forma com o caramelo líquido, cortam-se as bananas às rodelas e forra-se com elas todo o fundo. Usei caramelo de compra porque, sinceramente, não tenho mão para o caseiro, não me costuma sair grande coisa... :)

Despeja-se a massa sobre a banana e o caramelo e vai a cozer a 180º cerca de 40 minutos.
Deixei arrefecer antes de desenformar.
Ficou com umas estradinhas, devia ser para as formigas passearem, mas isto era se eu lhes tivesse dado alguma hipótese...

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Clafoutis de uvas

Há que aproveitar as frutas da época e como as uvas, felizmente, têm abundado por aqui, a segunda opção, depois de as comer ao natural, é fazer um doce, pois claro.

Usei uvas roxas sem grainhas (naturalmente sem grainhas, nada de manipulações) e uvas brancas com muitas grainhas, que deram uma trabalheira a tirar...

Mas por falar em manipulações: quando visitei o Mercado de Sabores (de que falei no outro blog), tive ocasião de aprender que as uvas sem grainhas que actualmente proliferam, e que eu pensei que tivessem algum tratamento estranho, afinal são produzidas através de enxertias. Segundo explicou um produtor, sempre houve uvas sem grainha, mas como as que o são espontaneamente são quase sempre muito pequenas - logo pouco apelativas no mercado - os produtores resolveram fazer enxertias com outras videiras e, de experiência em experiência, chegaram a uvas de várias tonalidades e tamanhos, mas sempre sem grainha, e tanto quanto me pude aperceber pelas provas que fiz nesse Mercado, todas muito doces.
Espero que tudo o que aquele senhor nos disse seja verdade :)

Passando agora à receita:

Ingredientes:

430g de uvas (sem grainhas)
(aqui incluído o peso do recipiente)

4 ovos
120g de açúcar
80g de farinha
200ml de natas
180ml de leite magro
50g de manteiga
canela para polvilhar

Batem-se os ovos com o açúcar e vão-se acrescentando os restantes ingredientes, misturando bem. Não usei batedeira, foi só com a colher de pau.
Colocam-se as uvas na forma untada com um pouco de manteiga, e deita-se o preparado líquido por cima.
Vai a forno médio/alto durante cerca de 45 minutos, até ficar lourinho.

A canela é opcional, mas altamente recomendável :)

Só não o considerei tão espectacularmente bom quanto o clafoutis de cereja, porque eu amo cerejas até dizer chega, para mim não há fruto que se lhe compare. Mas tirando esse pequeno detalhe, posso dizer que fica bastante bom.